ENCERRAMENTO DO PIPE EMPREENDEDOR

Essa semana fomos graduados e encerramos mais um ciclo! Fechamos em grande estilo a nossa participação no PIPE Empreendedor - Programa de Treinamento em Empreendedorismo de Alta Tecnologia.

A Conatus Ambiental desde o seu início foi voltada à pesquisa, desenvolvimento e inovação. Nesse sentido, acreditamos que o empreendedorismo é essencial para que o Brasil se torne um player no cenário mundial. Diante disso, investir em treinamentos que apostem na aceleração de startups é o melhor caminho para contribuir com o desenvolvimento do nosso Brasil. Hoje temos diversos projetos voltados para o mercado agro, com produção de tecnologias que são vantajosas e competitivas para a entrada no mercado. E uma delas, foi aprovada no PIPE FAPESP Fase 1, e, com isso, fomos convidados a nos inscrever no programa de empreendedorismo PIPE Empreendedor e tivemos a oportunidade de conhecer e vivenciar esse programa.

O PIPE Empreendedor é um programa de treinamento em empreendedorismo de alta tecnologia para os empreendedores consagrados no PIPE Fase 1. O programa é voltado para empresas que demonstrem interesse e comprometimento, não apenas científico e tecnológico, mas também mercadológico do projeto. O programa é coordenado por profissionais do mercado com longos anos de experiência em negócios, mas também que possuem conhecimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Lançado em 2016 pela FAPESP, em parceria com a George Washington University, o PIPE Empreendedor segue a linha do Programa I-Corps, criado pela National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos em parceria com o professor Steve Blank, com o intuito de acelerar os benefícios econômicos e sociais dos projetos PIPE, aumentando seu potencial de comercialização e, consequentemente, aprovação na Fase 2. A metodologia do Customer Development, que é a metodologia base do i-Corps, é um caminho eficaz para startups que queiram validar modelos de negócios para lançar produtos com foco no mercado real e no feedback do cliente.

O programa ensina que para o sucesso das vendas precisamos olhar para quem está de fora das startups e que realmente manda nos negócios: nossos clientes. Para assim, testar na prática, as hipóteses criadas para o novo negócio que surgem a partir do olhar dos fundadores. Com isso, iniciamos a metodologia, com uma série de experimentos para testar a reação dos clientes às hipóteses definidas para chegar em uma conclusão baseada em fatos e dados gerados a partir de quem realmente interessa.

E como fazer isso? Realmente sair do prédio e ir para a rua, validar sua tecnologia, conversar com clientes, parceiros, vendedores e etc.! A primeira coisa a se fazer é descobrir quem são os seus clientes. E como podemos identificar isso? Descobrindo se a sua solução e se o problema que você acredita estar resolvendo é realmente importante para ele. E depois, observar o comportamento do seu público-alvo e garantir que a sua solução irá resolver o problema identificado e validado em etapa anterior. Essa metodologia te dá as melhores condições para tomada de decisão, economiza tempo, conhecimento do seu público, diminui as chances de erro e ganha poder de competitividade.

Foram 10 semanas de muito aprendizado através de encontros e aulas online com os coordenadores e mentores do programa junto com todas as empresas participantes. Além disso, cada empresa foi alocada com um mentor individual, de acordo com a experiência desse profissional em relação ao tema do projeto de cada equipe, onde tínhamos encontros semanais para o desenvolvimento do plano de negócio. Com isso, logo no início do programa, fomos desafiados a conversar com 100 pessoas para validar a nossa solução e entender se realmente essa solução era importante para o nosso público-alvo. O próximo passo, foi criar o nosso questionário baseado em hipóteses que tínhamos e que foram criadas com base em pesquisas secundárias. Com o questionário pronto, fomos a “campo”, fizemos busca de pessoas no Linkedin, Facebook, fomos a Hortitec, tentamos de todas as formas possíveis conseguir entrevistas com o nosso público-alvo e validar o máximo de informação. A cada entrevista, era possível conhecer um pouco mais sobre os nossos clientes e a cada hipótese validada ou invalidade recriamos o nosso questionário com base nas informações coletadas.

A ferramenta utilizada no programa para a criação do modelo de negócios foi o CANVAS para abordagem dos principais elementos que compõe uma organização e, assim, permite esboçar modelos de negócios da empresa. Assim, foram várias versões elaboradas, até que conseguimos desenvolver uma versão final mais apropriada para o momento em que a empresa está vivendo e a realidade do nosso mercado-alvo.
A partir da participação no programa nos sentimos mais seguros para a entrada no mercado e comercialização dos nossos produtos. Nossos agradecimentos a toda equipe FAPESP, em especial Anapatrícia Morales Vilha, Marcelo Caldeira Pedroso, Vitor Mondo e Eliana De Martino.